sexta-feira, 29 de julho de 2011

Reintegração imediata do trabalhador demitido por homofobia na INTERTRIM LTDA.

Reintegração imediata do trabalhador demitido por homofobia na INTERTRIM LTDA.

Na semana passada um trabalhador da fábrica Intertrim LTDA., de Caçapava (SP) foi demitido por perseguição de seu chefe, José Benedito Atidio, pelo fato de ser homossexual. 
Segundo o companheiro, o chefe vinha há tempos fazendo piadas discriminatórias, deboches e outras
formas de humilhação. Um dia antes da demissão, este mesmo chefe chegou ao cúmulo de
enfiar a mão dentro roupa do companheiro dizendo que queria saber se ele havia posto
silicone! Diante desta agressão, o companheiro foi ao RH da empresa se queixar. No dia
seguinte a novidade, havia sido demitido, e juntamente com ele, outro trabalhador que
testemunhou o ocorrido.

Para nós da CSP-Conlutas, esse episódio é uma demonstração de como o preconceito e
a homofobia são usados pelos patrões e seus chefetes para dividir, humilhar e supererxplorar
a classe trabalhadora. Não admitimos que um companheiro sofra este tipo de assédio no seu
local de trabalho e ainda por cima seja punido com a demissão. Pelo contrário, quem deve ser
demitido é o agressor, o chefe em questão.

Queremos fazer a denúncia deste caso absurdo de homofobia na INTERTRIM, exigir a
reintegração imediata do companheiro e seu colega e a demissão do agressor. Exigimos que os
trabalhadores, negros ou brancos, mulheres ou homens, heterossexuais ou homossexuais,
sejam tratados com respeito e dignidade. E afirmamos categoricamente que cada vez que um
trabalhador ou trabalhadora é discriminado por racismo, machismo ou homofobia, o conjunto
da nossa classe é atacada. Por este mesmo motivo, todos os trabalhadores e as suas entidades
de luta devem sair na defesa intransigente deste companheiro e de todos aqueles que sofrem
com a discriminação. Somente unidos podemos fazer frente aos ataques que as empresas nos
impõem.

A INTERTRIM é uma fábrica que produz autopeças, mas que está
registrada como indústria têxtil para não ter que pagar o piso metalúrgico aos seus
trabalhadores. As grandes montadoras de automóveis do país utilizam a superexploração e opressão dos trabalhadores desta fornecedora para baratear seus custos. O sindicato dos têxteis da região, “amigo” da empresa, aceita acordos
rebaixados e sequer convoca assembléias para ouvir os trabalhadores. Além desta manobra
jurídica da empresa para aumentar a exploração, e do papel pelego cumprido pelo Sindtêxtil, a
fábrica usa da discriminação e da demissão para intimidar seus funcionários, tal como mostra
o caso deste trabalhador e seu colega. A lógica é muito simples, dividir para dominar.

É diante dessa situação que o movimento sindical precisa abraçar as bandeiras da luta
contra a opressão para defender os trabalhadores homossexuais. No mesmo sentido, o
movimento LGBT precisa se somar à luta dos trabalhadores contra o assédio e a discriminação
nos locais de trabalho. A luta contra a opressão e contra a exploração precisa andar de mãos
dadas.

Chamamos a todas as entidades de luta do movimento sindical e a todos os grupos
do movimento LGBT a se solidarizarem com os dois companheiros demitidos e exigir da
empresa sua reintegração imediata e a punição do chefe José Benedito!

Setorial LGBT da CSP-Conlutas

Um comentário:

  1. Ei, Sebastião! Manda teu tcc para o meu mail: turingnash@yahoo.com.br.

    Abraços!

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