quarta-feira, 29 de junho de 2011

Trotskismo em Belém: do GREMPS à Convergência Socialista. Parte final

Gente fiquei um pouco afastado, mas agora estou retornando e publicando a última parte do meu trabalho sobre o trotskismo em Belém, espero que gostem. Comentarários, críticas e sugestões são bem vidas. Boa leitura! 

2. Trotskismo em Belém: do GREMPS à Convergência Socialista.

A tentativa de se construir um agrupamento trotskista em Belém do Pará deve ter sido vislumbrado por qualquer organização desse matiz como uma tarefa difícil. Sua localização longínqua, em meio à floresta amazônica; a falta de um operariado forte e concentrado - a única categoria operária forte na cidade era a da construção civil -; e, principalmente, a existência de uma tradição stalinista ligada a existência do PCB, do PCdoB e outros agrupamentos que se formaram a partir de rupturas nos anteriores, fazem com que os novos ativistas que surgissem no calor das lutas fossem influenciados ou captados para tais organizações tornando, assim, essa região num reduto do stalinismo. Ainda mais quando ficara fortemente marcada na memória da população a guerrilha organizada pelos comunistas, que na região do Araguaia e em todo o Estado se tornou um grande símbolo da resistência ao regime militar. Atração e fascínio eram sentimentos comuns provocados por tal fato, principalmente na cabeça de jovens que se deixavam apaixonar pelo ideal de liberdade e revolução.
            Mas eram agora novos tempos. O processo de abertura democrática, como analisamos no capítulo anterior, acirrava mais e mais as lutas. A cidade de Belém era um claro exemplo do vertiginoso crescimento de consciência e mobilização da população que sofria com as mazelas da ditadura. E se não havia um proletariado fazendo greves e discutindo que o fim do bipartidarismo deveria ser utilizado para se construir um partido dos trabalhadores, existia sim outras categorias de trabalhadores e jovens que estavam dispostos a levar até as últimas conseqüências à necessidade de uma transformação radical da sociedade e, desde meados de 1979, apostaram na construção desse novo partido que nem sabiam ao certo o que seria.[1] A efervescência desassociou elementos e logo em seguida formou outros no plano político-partidário de Belém: talvez muitos outros que estão ainda em construção em nossos dias.
            É nesse mesmo ano que duas jovens estudantes, uma chamada Conceição Rodrigues de Menezes (Concha), e sua irmã mais velha chamada Bernadete Rodrigues de Menezes (Berna), chegam a Belém juntamente com sua família que vinha de São Paulo. Em terras paraenses elas retomam o contato com as lutas sociais que haviam conhecido em sua antiga cidade, por meio de um grupo de teatro chamado Soca de Cana. Lá foram convidadas a participarem de reuniões de apoio a greves dos professores primários e secundários do Estado de São Paulo, realizando panfletagens na zona norte da cidade, solidarizando-se com os professores em luta.[2]
            Já na sua nova cidade, Concha encontrando um cartaz no colégio Moderno, onde estudava, e que chamava para uma reunião que discutiria a vinda dos restos mortais do estudante Edson Luis, resolve junto com Berna participar.

Nossa família veio para Belém em 79 e retomamos os contatos em uma reunião no Jurunas na sede do MDB (eu vi um cartaz no Colégio Moderno/ onde estudava), que discutia a vinda dos restos mortais do estudante Edson Luis (estudante morto no Calabouço/RJ, que era paraense), para Belém. Sua família estava presente e pedia ajuda. Nesta reunião foi dado um informe de uma manifestação/ou reunião de organização de estudantes em Belém e a partir daí Berna começa a participar deste processo, acho que isso foi em 1980. A partir daí entra em contato com Francisco Cavalcante (Chico), Fernando Carneiro (Nando), Luis Araújo (Canetão), Aldenor (Junior), José Teixeira (o Zé, irmão do Jaime Teixeira assessor da FASE que foi assassinado ai no Pará), Figueiredo (Figa), Ricardo, etc.[3] 

            Dava-se assim início ao um grupo de estudantes que ficou conhecido como GREMPS (Grupo de Reconstrução do Movimento Primário e Secundarista), e é no desenrolar da história desse grupo e de sua atuação, fundamental na reconstrução do movimento secundarista em Belém e da estruturação do Partido dos Trabalhadores, que poderemos observar a chegada do trotskismo no Pará na forma de uma organização política que se estrutura e consolida.

2.1. GREMPS: Grupo de Independentes Contra a Burocracia Estudantil Stalinista.

O Movimento Secundarista passava em fins dos anos 70 e nos anos 80 por um processo de reorganização. Essa reorganização representava o surgimento de novas entidades, mas também de novas direções, ou melhor, novos grupos, que desprendidos dos anteriores, passam a disputar a hegemonia desse movimento.
            Esse era um processo nacional. Não só os estudantes estavam em reorganização, mas também todos os movimentos sociais brasileiros. Entre os estudantes secundários o ressurgimento da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), transformava-se na principal tarefa, pois se acreditava que a coordenação das lutas passava pela construção de uma entidade nacional unificadora das diversas correntes políticas.[4]
No plano dos Estados, capitais e cidades brasileiras era possível verificar a proliferação de novas entidades de estudantes, ou a retomada das já existentes para a construção da democracia brasileira. Foi assim, que Centros Cívicos, Grêmios e outras organizações começaram a se proliferar como espaços de discussão política e a promoverem reivindicações/mobilizações por diversas demandas, uma delas, na cidade de Belém, seria a meia passagem nos transportes coletivos.[5]
Entretanto, um processo de reorganização tem suas contradições. O processo de abertura política gerou uma divisão natural entre os setores de esquerda, onde havia a posição de permanecer na esfera do maior partido oposicionista, o recém chamado PMDB, e entre os que procuravam outras formas organizativas, neste caso, principalmente o PT.[6]
Essa divisão também era percebida na concepção de reorganização das entidades. Uns acreditavam na simples ordenação de cima para baixo, o que representava uma idéia burocrática das entidades, onde só a sua própria existência já conferia autoridade em relação aos que se dizia representar. Outros, pelo contrário, acreditavam que só a mobilização de amplos indivíduos desse determinado segmento poderia conferir a autoridade necessária.
Nos dia 6 e 7 de junho de 1981 foi realizado em Salvador o III Encontro Nacional de Estudantes Secundaristas que marcou a data do Congresso que retomaria a UBES. Neste encontro se faziam presentes diversos setores do movimento e entidades, sendo registrado em torno de 400 estudantes que representariam 200 entidades de 15 Estados brasileiros. Nesse encontro houve a construção de uma plataforma unificada de lutas que congregou a todos, mas também diversas polêmicas, deixando em evidência as diversificadas concepções que existiam. No que tangia ao significado da reconstrução da UBES, o jornal da organização Convergência Socialista é emblemático e pode nos ajudar a compreender o que falamos acima:
(...) pela primeira vez desde que começaram essas reuniões nacionais, surge uma proposta de mobilização que significa um divisor de águas entre as correntes combativas e os pelegos e burocratas: que é o Dia Nacional de Luta, proposto pela UMES-SP (e que foi aprovado a nível de São Paulo no II Encontro estadual aqui realizado) para o dia 20 de agosto. O HP (Hora do Povo) e o Tribuna se jogaram violentamente contra isso. Nós defendemos essa proposta porque queremos a UBES pra lutar. Nós queremos reconstruí-la na luta. Eles querem uma entidade de aparato, que não faz nada. Porque é indefensável aqueles que dizem que ‘tá na hora da UBES!’ eles gritavam ‘a UBES já voltou!’ e ser contra um Dia Nacional de Luta. Se a UBES já voltou é possível fazer um Dia Nacional de Luta! Até um dia de greve é possível.[7] 
     
Um juízo de valor acerca dos motivos que levaram as correntes citadas a terem essa postura, para nós só tem relevância no sentido de que o grupo paraense que estamos estudando tomou posição. Ela levou a que se aproximassem politicamente das idéias da corrente trotskista CS. Mesmo antes disso, o GREMPS, que surge no ano de 1980, entendia a sua postura no movimento secundarista como anti-burocrática.

O Gremps surge em oposição ao movimento burocratizado das correntes stalinistas que controlavam o ME secundaristas. Eram muito superestruturais e não organizavam nada pela base. Assim, optamos por criar essa entidade, veja que se denominava Grupo de Reconstrução, era em oposição ao MR-8, que tinha um movimento de criação da UMES, sem possuir nem Grêmio/Centro cívicos, nada em baixo e já queria criar uma entidade superestrutural.[8]

Esse foi um dos motivos para a conformação do grupo. O surgimento do GREMPS parte da avaliação de sujeitos oriundos de uma prática com os movimentos sociais, que se percebendo imbuídos pela chama da transformação da sociedade, buscavam ter uma ação comum, o que, neste caso, não coadunava com a dos grupos políticos com maior influência entre os ativistas paraenses desse período.
O jornal Resistência realizou uma entrevista com três membros do GREMPS em setembro de 1980. Nessa matéria Aldenor Junior (16 anos), Luiz Araújo (17 anos) e Francisco Cavalcante (19 anos), tiveram a oportunidade de explicar o que seria o próprio grupo, além de discorrerem sobre outros temas.

O GREMPS é a ex-UESP. Em junho do ano passado um grupo de estudantes resolveu lançar a campanha da meia-passagem. Se resolveu também tirar a UESP ‘representativa’. A luta pela meia-passagem não resultou nenhum saldo positivo para a organização dos estudantes. Foi aí que a gente resolveu mudar o nome e mudar, fundamentalmente, a linha de trabalho.
A nível de organização do grupo não se estava fazendo um trabalho conseqüente, organizativo, nos colégios. E a gente não tinha condições de se denominar uma entidade estadual. Outra evidencia que causou isso foi o encaminhamento da meia-passagem que não levou a organização dos estudantes.
Foi em cima desses erros que a gente começou a estudar um outro tipo de trabalho. Se havia um trabalho de reboquismo por parte da vanguarda em relação à massa, agora passará a haver um trabalho organizativo. Quer dizer, agente vai partir para as organizações de base nos colégios.[9]

É interessante notar que tanto Concha, na entrevista que nos concedeu (2009), bem como os três entrevistados do jornal Resistência (1980), afirmam ser o GREMPS, nessa sua primeira fase, uma entidade do movimento e não um grupo a disputá-lo. Propunha-se a ser uma frente única entre os diversos grupos que entendessem a realidade como apresentada na entrevista acima citada. Essa postura só pode ser entendida se percebermos, primeiramente, que os ativistas que o compunham não pertenciam a nem uma organização política: era o que se chama de independentes; e que o processo de reorganização em curso levava a formação da idéia de que só com entidades do movimento se poderia avançar na mobilização e organização, neste caso dos estudantes.   
Durante todo o ano de 1980, o GREMPS se transformou no principal impulsionador da organização dos estudantes de segundo grau, principalmente na luta pela meia-passagem, que teve uma significativa vitória nesse mesmo ano.[10] O grupo organizou dois encontros estaduais de estudantes, promoveu atos públicos em homenagem a Edson Luis e participou ativamente de reuniões de articulação do ME a nível nacional, bem como da construção da comissão pró-UMES (União Metropolitana de Estudantes Secundaristas).[11]
No plano Político Partidário, a perspectiva da construção de um novo partido por fora das tradicionais forças políticas ligadas ao Stalinismo, gerou uma enorme simpatia entre os ativistas que construíam o GREMPS, levando-os a tomarem a posição de construtores do movimento pró-PT desde 1980.
Mas a idéia de ser o GREMPS uma entidade não perdurou por muito tempo. A própria dinâmica do movimento estudantil secundarista demonstrou que havia nessa concepção algo de errado. Em Janeiro de 1981 o mesmo jornal Resistência já trata o GREMPS como um grupo e apresenta as ramificações derivadas dele.
As principais forças do Movimento Secundarista hoje são três: o grupo ligado ao jornal ‘manifesto’, criado ainda na época do GREMPS; o grupo ligado ao jornal ‘Hora do Povo’; e um grupo de independentes.[12] 

            Obviamente que o jornal Resistência, quando trata de um grupo de independentes, faz referência ao agrupamento que permaneceu utilizando o nome de GREMPS até 1981, quando de fato se incorporam a corrente trotskista Convergência Socialista. É também nessa primeira fase do grupo, que verificamos sua primeira ruptura, sua relação com a igreja e com a construção do Partido dos Trabalhadores.

2.2. GREMPS: De uma Orientação Anti-trotskista ao Descobrimento de Trotsky.

Durante o ano de 1980 houve diversos encontros nacionais de estudantes secundaristas que culminaram em 1981 na reconstrução da UBES. Congresso este que foi realizado nos dias 31, 01 e 02 de novembro em Curitiba.[13] O GREMPS, como um agrupamento voltado para uma nova concepção de movimento e a favor da retomada das entidades estudantis, como não podia deixar de ser, participou ativamente deste processo nacional. Desde seu nascedouro, o grupo buscava ter suas próprias finanças, pelas quais, garantia a sua representação nestes fóruns do Movimento Secundarista (MS). Como Concha nos afirma, neste primeiro momento quem fazia essas viagens era o Luis Araújo. É, por tanto, nestes espaços de discussão nacional que ele conhece e fecha um acordo político com a organização Movimento de Emancipação do Proletariado (MEP).[14]
Essa captação de Luis Araújo para o MEP logo se refletirá em outras. Aldenor Junior e Francisco Cavalcante são logo depois convencidos a ingressar em tal organização. Os três eram os principais dirigentes do GREMPS, o que faz com que esse grupo assuma uma postura bem próxima às adotadas pelo MEP, apresentadas ao movimento pelo jornal “O Companheiro” pertencente a essa organização. Eles conferiam cursos de formação aos demais membros do grupo no intuito de seu convencimento e captação. O MEP era uma organização identificada com uma concepção stalinista, o quê deixa claro que o GREMPS apresentava neste momento uma orientação antitrotskista.[15]
Aqui muda qualitativamente a perspectiva do grupo, pois a entrada destes três indivíduos em uma organização política transforma a concepção de ser uma organização de independentes e a idéia de o GREMPS ser uma entidade do movimento. Mesmo que aparentemente o grupo permaneça com o caráter de independência frente às organizações, os novos militantes do MEP no GREMPS, vêem a possibilidades de arrebanhar todos os ativistas desse grupo para a sua organização. É assim, que a perspectiva organizativa de um partido, nesse caso leninista, passa a ser incorporada por todos na própria estrutura do grupo. Trataremos melhor desse tema mais a frente.[16]
Por intermédio de Jaime Teixeira (economista, membro da FASE e militante do PCdoB), que, por estes anos, conhece estudos de economia do trotskista Ernest Mandel em uma viagem a França, é que Francisco Cavalcante terá seu primeiro contanto com a obra, as idéias e o programa político do trotskismo. O encantamento com essa nova leitura, por parte de Chico é tamanho, que ele, ao invés de estudar os documentos de sua organização, prefere, ou pelo menos, se interessa mais, pela leitura do texto de Trotsky.
Nós estávamos muito próximos da igreja, reuníamos na igreja da Sacramenta. O GREMPS reunia. Onde nós tivemos contato com o Jaime Teixeira pela Fase, que foi assassinado aqui, ele era economista. E ele como economista começou a ler Mandel, e ele começou a se encantar com Mandel. O Jaime achava muito interessante Mandel e ele passa pro Chico, e o Chico começa mandar buscar livro do Trotsky, porque o Chico começa a se encantar e começa a ver o Mandel falar nos livros de economia de vários livros do Trotsky, e ele começa a mandar buscar a Revolução Permanente. Eles estavam no meio, é isso ai que eu imagino, de um período de pré-congresso do MEP, e tinham que estudar documentos e etc. Era uma fase de pré-congresso e um dia, o Junior e Luis, ou o Junior ou o Luis, chegaram na casa do Chico e ele estava lendo um livro do Trotsky, daí eles ficam muito putos com ele porque ele tinha que tá estudando os documentos e ele começa a falar do livro do Trotsky encantado. E o Luis ou o Junior perguntam pra ele: e o documento o que tá achando? E o Chico diz não. O problema era que ele tava lendo aquele livro e que ele tava muito encantado e tal. Daí ele (o Luis ou o Junior) tira o livro da mão dele e joga numa lata do lixo e ai o Chico rompe, e fica indignado. Ele não aceitou aquela atitude e a partir daí ele rompe com a organização e ele vem e faz a ruptura, e ele faz a ruptura em todo o grupo. (...) Com essa atitude ele perde o Chico, ai o Chico vem e faz a ruptura do grupo e coloca eles pra fora, coloca o MEP pra fora e os denuncia. Diz que eles já eram, quer dizer, foi um trabalho meio né, foi ruim né, hoje analisando a forma né, ele não fez um debate político. Diz: olha eles pensam isso e eu penso de outra forma. Ele vem e diz assim: olha eles são de uma organização, na verdade, nós íamos ganhar todos vocês, o projeto era esse, a idéia era essa, não sei o que... e é o seguinte... é... eu acho um absurdo, eu tava lendo um livro, o cara fez isso, eu acho que ta errado. (...) aí nós começamos a procurar organizações trotskistas, foi através do Chico lendo Trotsky, na verdade foi ganho pela teoria mesmo.[17]

Mas a não consolidação de Chico no MEP, produz a primeira ruptura no grupo. É interessante notar que durante o relato, Concha deixa evidente que é nesse momento que o grupo busca se inserir em uma organização Trotskista. Provavelmente desde a adesão de Luis, Aldenor e Chico ao jornal “o Companheiro” até a entrada do grupo inteiro - com exceção dos dois militantes do MEP, expulsos do GREMPS - na CS, não se tenha decorrido mais que meses. O que demonstra a rapidez das transformações, nessa conjuntura política de gestação de um processo revolucionário, daqueles que estão nos movimentos sociais.
            O fato de Chico ter sido ganho para o trotskismo pela leitura de Trotsky precisa ser entendido. Havia um processo de reorganização em cursos onde vários indivíduos se desprendiam das antigas formas de explicação do mundo, da antiga estratégia para a derrubada da ditadura e também das antigas formas organizacionais políticas. De fato, o trotskismo neste momento tinha uma nova localização, muito mais privilegiada para se expandir. Primeiramente, porque não estava associado ao Stalinismo, que veio se desgastando perante a vanguarda pelas suas atrocidades totalitárias, seu colaboracionismo com o Imperialismo e também com as burguesias nacionais, que no caso brasileiro se expressa pela derrota de 1964, sua postura de não propor a construção de um partido operário independente e por não apostar na reorganização em curso que estamos analisando durante este estudo. Mas também, pelo fato de não estarem ligados a nenhuma experiência guerrilheira; pela sua orientação programática (Programa de Transição); e pela sua política ousada de luta institucional através da intervenção no parlamento, sindicatos e entidades estudantis. Todos esses fatores foram o que lhes conferiram esse novo espaço perante os ativistas das lutas.[18] 
            É nesse contexto que o GREMPS descobrirá Trotsky e o trotskismo. Agora sem a orientação do MEP e tendo sido Chico Cavalcante envolvido com a leitura do revolucionário russo. O grupo se lançará na busca por uma organização com esse perfil.

2.3. GREMPS: Construindo o Partido dos Trabalhadores em Belém.

É no mês de outubro de 1979 que tem inicio o processo de construção do Partido dos Trabalhadores na cidade de Belém. Jaime Teixeira e Telmo Marinho organizaram a primeira reunião que discutiu a construção do PT e que contou com a participação de cerca de 15 ativistas dos movimentos sociais[19]. Na sua segunda reunião, que aconteceu em dezembro desse mesmo ano, definiu-se a criação do movimento Pró-PT. E, em 11 de janeiro de 1980 é realizado o 1° Encontro Municipal do PT de Belém. Nesse Encontro foi escolhida a Comissão Diretora Municipal Provisória, onde figurava entre os eleitos para essa comissão o nome de Francisco Cavalcante.[20]
            Desde muito sedo o GREMPS tomou a opção de construir o movimento Pró-PT. Provavelmente por conta da relação que tinham com a igreja progressista ligada à Teologia da Libertação, e pela entrada dos três principais dirigentes do grupo no MEP, que foi um dos primeiros e o maior, em termos de militantes, agrupamentos da esquerda a se somar, enquanto organização, na construção do PT no Pará.[21]  
            O grupo tinha como espaço de reunião a igreja do bairro da Sacramenta. Essa paróquia era reduto da Teologia da Libertação na cidade e seu pároco, João Benkbou, apoiava a luta por moradia, uma das principais lutas sociais desse período. Concha acredita que a relação do GREMPS com a igreja tenha haver com Aldenor Junior e Luis Araújo que eram agentes pastorais no bairro da Marambaia, mas não sabe o porquê da feitura das reuniões do grupo na sacramenta[22].
            O fato é que essa relação do GREMPS com a igreja lhes confere também tarefas mediante a atuação da paróquia com o movimento social, e é por meio dessa relação, que se estabelece que o grupo atuará nesse bairro na legalização e construção do PT. Inclusive tendo papel destacado na polêmica com os membros da própria igreja para que viessem a construir o Partido dos Trabalhadores [23].
Após a expulsão dos membros do MEP, o GREMPS já está consolidado dentro do PT, o que é extremamente importante, pois demonstra a importância que este conferia ao processo de reorganização em curso, sendo o PT uma resolução do grupo, tanto que quando o GREMPS busca deixar de ser um grupo de independentes e passa a buscar uma organização, preferencialmente trotskista, coloca como critério ser construtora do PT[24]. Assim, o GREMPS tem uma destacada participação na estruturação deste partido na cidade de Belém, e essa participação influenciará decisivamente na escolha, por parte do GREMPS, da Convergência Socialista, que foi uma das primeiras organizações a chamarem a construção deste partido nacionalmente[25].

2.4. GREMPS: um Grupo “Trotskisante” na cidade de Belém.

O tempo de existência do GREMPS foi extremamente curto (1980-1981), mas as transformações que se deram em seu interior foram profundas e velozes. De uma organização que se propunha ser uma frente única do movimento, passando por um grupo influenciado por uma organização marxista-leninista (stalinista), que adere a idéia de um Partido dos Trabalhadores, até sua adesão ao trotskismo da Convergência Socialista, processou-se uma verdadeira transformação entre os seus membros, na maneira de compreender o mundo e de como interferir nele para a sua transformação.  
            A efervescência dos tempos de crise econômica, e da ditadura militar foi fundamental para que esses jovens estudantes pudessem avançar na perspectiva da construção de um partido, não apenas na perspectiva de uma frente de movimentos sociais contra a ditadura, mas como uma organização de quadros militantes profissionais, ao molde do que Lênin propôs quando da construção do partido bolchevique, aderindo a um programa político que acreditavam coerente para tal propósito. Ambos os fatores nos levam a compreender o que chamamos de “grupo trotskisante”.
            Desde seu surgimento o GREMPS sempre buscou ter suas próprias finanças, regularidade de reuniões em que pudesse armar politicamente seus membros para influir nos rumos do movimento social de Belém e um material de divulgação de suas idéias: o Jornal “O Movimento”[26]. Entretanto, essa perspectiva foi sendo alterada até o entendimento de que o grupo precisava ter uma atuação clandestina, uma concepção puramente leninista e Trotskista.[27]
            O trotskismo utilizou destes três mecanismos para se organizar. Sua concepção de partido passava pela necessidade de ter um conjunto de militantes que estivessem dispostos a levar a luta revolucionária até suas últimas conseqüências. Para tanto, como continuidade da tradição do partido Bolchevique, fez de suas organizações, partidos regidos pelo “centralismo democrático.”[28] Ter finanças angariadas perante seus militantes e/ou trabalhadores que simpatizassem com seus objetivos; ter um jornal que pudesse cumprir a tarefa de divulgação de suas idéias, mas também de centralizador político de seus militantes; e ter reuniões periódicas onde se pudesse discutir os rumos da organização em todos os seus âmbitos, e assim, garantir a democracia interna e ordenar todos em uma mesma política para fora eram características comuns aos Trotskistas. Mas uma das características mais marcante era a necessidade de suas organizações atuarem de duas formas: sendo uma na legalidade quando possível e outra na ilegalidade, mantendo toda uma organização clandestina mesmo em momentos em que a conjuntura de determinado país fosse regida pela democracia burguesa, onde são garantidos direitos democráticos que permitem à auto-organização[29].
            A forma organizacional do GREMPS desde seu nascedouro tinha claramente a influência e um conhecimento do marxismo, e das organizações marxistas. Principalmente porque foi forjada pela prática cotidiana dos jovens membros que atuavam conjuntamente com outras organizações que disputavam à direção do movimento de massas na cidade, mas o momento em que o grupo assume uma postura clandestina foi decisivo para compreendermos que se deu uma mudança qualitativa na perspectiva do GREMPS.
            No campo do programa político apresentado pelo grupo à perspectiva da luta de classes e a visão de mundo construída a partir das ferramentas concedidas pelo marxismo sempre estiveram presentes. Claramente desde seu surgimento, como vimos anteriormente, o GREMPS esteve dentro do processo de reorganização, que estava em andamento, contra os setores vacilantes e burocráticos, na perspectiva de romper a lógica vigente de cautela em relação aos métodos de se contrapor ao regime militar, que tinham sua expressão nos PC’s e em outros agrupamentos de caráter stalinistas como o MR-8. Mas é com a descoberta de Trotsky, sua Revolução Permanente e o Programa de Transição, que a perspectiva de um programa fica mais clara e os leva necessariamente à busca de se incluir de forma decisiva em uma organização com essa perspectiva.
            O GREMPS antes mesmo de se tornar parte de uma organização Trotskista, já estava claramente sendo influenciada pela forma organizacional e pelo programa trotskista, tanto que após a expulsão dos dois militantes do MEP, o grupo tinha uma política de expansão, onde abriu o dialogo com outro grupo de estudantes do Estado do Maranhão e para a discussão que iriam realizar com tal agrupamento, utilizariam a matéria intitulada “III ENES Marca Congresso de Fundação da UBES, Apesar das Manobras, o MS avança” - retirada do jornal da Convergência Socialista de 18 de Junho de 1981. Obviamente a escolha dessa matéria para a discussão com o grupo do Maranhão, era fruto de uma concordância na avaliação da conjuntura do Movimento Secundarista, mas expressava claramente a aproximação do GREMPS com tal organização feita mediante a ida de Chico e Bernadete a São Paulo[30].  
            A ida em busca de uma organização em São Paulo, marca de forma emblemática o que chamamos de “grupo trotskisante”. Mas esse fenômeno, como expomos, veio se processando ao longo das experiências do Grupo com os movimentos sociais e com os desafios colocados pela própria luta de classes e se expressou decisivamente na adesão do GREMPS à Convergência Socialista provavelmente no segundo semestre de 1981. E como afirmamos no capítulo anterior como um dos reflexos do processo de gestação de uma situação revolucionária no Brasil.

            2.5. Surge a CS e o Trotskismo em Belém.

         No primeiro semestre de 1981, o GREMPS realizou uma campanha financeira para enviar dois de seus militantes à cidade de São Paulo. Essa viagem tinha o propósito de conhecer os agrupamentos políticos envolvidos na construção do PT, principalmente os ligados ao trotskismo. O Grupo já havia decidido não mais permanecer como um agrupamento de independentes, e por isso, resolveu que nessa viagem fariam varias reuniões.
Ai nós fizemos uma campanha financeira e mandamos a Berna e o Chico pra São Paulo. Mandamos porque nós queríamos conhecer as correntes que haviam dentro do PT. Ai nós já estávamos dentro PT. Tínhamos fechado com o PT. Ai eles vão pra São Paulo, eles fazem um monte reuniões com um monte de organizações, eles ficaram um mês em São Paulo, até com o Lula eles reuniram, ai eles ficam fazendo reuniões com várias organizações, mas nós não queríamos mais ser um organização de independentes, nós percebemos que havia um processo de reorganização, (...) nós fomos uma das primeiras organizações que esteve ligada com a reorganização do PT. (...) Ai nós mandamos Berna e Chico pra São Paulo, ai Eles reúnem com a DS, reúnem com a Convergência, reúnem com a LIBELU, que era o Trabalho, reúnem com Paulo Skromov, que era outra organização trotskista, reúnem com uma cara que foi constituinte do PT que veio pra cá e passou muito tempo aqui era o, (...) foi deputado constituinte em São Paulo pelo PCB e agora já era trotskista, Crispim. Crispim era um velhinho já que andava com um colete (...) ficou meses, ficou seis meses, uma parte aqui e parte na casa do Fernando, e esse cara era da Organização da Liga dos Trotskistas no Brasil (OLTB), veio pra cá tentar nós ganhar, ai nós reuníamos com ele, nós assim quando digo era a berna e o Chico, e ai o que acontece, um monte, várias organizações, eles passam lá um mês reunindo e conhecendo as organizações. Primeiro tinha que ser do interior do PT e de preferência tinha que ser trotskistas, tanto que agente vai atrás das organizações trotskistas[31].
           
De volta à Belém, Chico e Berna expressam suas impressões sobre as reuniões que fizeram, tendo Chico simpatizado mais com a Convergência Socialista e Berna com a Democracia Socialista. Havia nessa polêmica entre os dois um fator objetivo. Bernadete, desde 1980, era estudante universitária do curso de História e os demais membros do GREMPS ainda estavam no ensino secundário. Os trotskistas ligados à DS eram os que melhor estavam estruturados entre os universitários a nível nacional, em Belém não tinham militância, e os ligados à CS eram os que tinham a melhor localização entre os secundaristas[32].
            Parece que é neste ponto que começava a polêmica entre Chico e Berna que quase leva uma nova ruptura no grupo. Principalmente quando se resolve fazer a discussão com o grupo do Maranhão se utilizando a matéria do jornal da CS sobre a conjuntura do movimento secundarista. Entretanto, a vinda de um companheiro da convergência Socialista para Belém vai ajudar a dirimir essa polêmica.
 
Por coincidência a Convergência, na outra semana, manda um quadro pra cá, decide mandar um quadro pra fazer um debate político e conhecer de perto quem era o grupo, porque nós mantínhamos relação através de carta, pelo Fernando Carneiro, que na verdade quem respondia era o Martin, e eles desconfiavam do grupo que fosse uma organização querendo se infiltrar (...), porque já conhecia o trotskismo, porque tinham nível teórico, tinha nível político e eles tinham muita desconfiança que fosse gente de direita querendo entrar na convergência, cana né! Ai eles mandam esse companheiro que é o Ronaldo Mota se eu não me engano, mas eu lembro bem que era Ronaldo, que não está hoje no PSTU, saiu ainda na década de 80, ai o Chico e o Fernando vem aqui e convidam a Berna, eu e todo o grupo para vim ouvir a posição da Convergência, e ai foi aqui embaixo a reunião, foi aqui nessa casa tinha um porão aqui, que na verdade era a nossa sede, foi nossa primeira sede aqui (...) e o Ronaldo vem e faz uma palestra, entendeu? aqui embaixo e ele convida o grupo todo para fazer uma experiência com partido, então entra o grupo todo para a convergência em 81[33].
.
            Outros Trotskistas vieram a Belém tentar fazer a discussão com o GREMPS, mas não lograram êxito. E houve uma tentativa anterior ao GREMPS de se estruturar o Trotskismo em terras belenenses, mas é em 1981, provavelmente no seu segundo semestre, que se inicia a construção de uma organização Trotskista, fruto de uma conjuntura política brasileira que levaria o país a viver uma revolução política alguns anos depois, e que culminou com o fim da Ditadura Militar.
            Em 1981 a CS, antes da entrada do GREMPS, havia votado à ida para dentro do batalhão pesado do proletariado brasileiro, principalmente pela explosão das greves dos metalúrgicos do ABCD paulista, onde nessa região a CS influenciava o sindicato de Santo André, mas percebendo a conjuntura favorável em meio ao movimento estudantil, no ano seguinte muda o foco de sua política de construção para a juventude, inclusive nesse período de 1982 e 1983 a CS passa a se chamar “Alicerce da Juventude”. Essa mudança estava intimamente ligada à incorporação de grupos inteiros de jovens estudantes à organização (principalmente secundaristas), sendo um dos principais o GREMPS e outro da cidade de Recife, ambos foram a São Paulo em busca de uma organização trotskista no mesmo período. O que leva claramente a acreditarmos que a entrada do GREMPS interfere decisivamente nos rumos políticos adotados pela CS para o próximo período. Sendo inclusive incorporado, quase que imediatamente a entrada do grupo, Chico Cavalcante a direção nacional da CS como convidado[34]
            Já em Belém, a CS passa a atuar com uma política de construção voltada prioritariamente para os estudantes, principalmente os secundaristas, mas também entre os universitários. Sua atuação no PT, desde os tempos de GREMPS, garante-lhes uma postura classista e atrativa para a incorporação de novos militantes, inclusive de fora do setor estudantil, como é o caso João Batista, mas conhecido como Babá, que era professor universitário e militava entre os funcionários da Universidade Federal do Pará.
            Em 1982 a CS participou ativamente do processo eleitoral que reconstruiu a União Metropolitana dos Estudantes Secundaristas (UMES), lançando chapa própria onde obtiveram 1.924 votos de um total perto de 27 mil, ficando em ultimo lugar. Também participaram ativamente das eleições para o DCE da UFPA, do processo de construção da Central Única dos Trabalhadores e das eleições parlamentares realizadas no final desse ano lançando três candidatos pelo PT: Bernadete a Vereadora, Chico Cavalcante a Deputado Federal e Babá a Deputado Estadual. Sendo Berna a segunda candidata a vereadora mais votada pelo PT[35]. Mas essa é outra história.  

Conclusão
            Quando iniciamos a pesquisa, que culminaria com esse texto sabíamos vagamente que o trotskismo havia chegado a Belém por volta do final dos anos 70 e inicio da década seguinte, mas não entendíamos como foi possível a sua chegada, e se não havia tido outra experiência anterior de implantação de algum grupo trotskista, entre outras duvidas.
            Durante toda a pesquisa partimos da hipótese de que a chegada do trotskismo no Pará estava intimamente ligada a essa conjuntura de efervescência política deste período que chamamos de gestação de uma revolução política, e que teria terminado com o movimento pelas “Diretas Já” e conseqüentemente com o fim da Ditadura Militar. Verificando os jornais de época, percebendo a dinâmica em que a economia mundial se encontrava e como interferia na situação da Amazônia e de Belém, parece-nos salutar afirmar que nossa hipótese tende a ser correta.
            A partir desse ponto buscamos entender como um grupo de jovens estudantes GREMPS pode tornar-se CS. Partimos da idéia de que havia vindo pessoa ou pessoas de outro Estado brasileiro, exteriores a realidade de Belém. Mas nossa pesquisa neste ponto não confirmou nossa hipótese, mesmo sabendo que Conceição de Meneses e sua irmã Bernadete tenham vindo de São Paulo em 1979, não foi com a chegada das duas que se passou a ter implantado um agrupamento trotskista, apesar de ter sido de fundamental importância à vinda de um militante da CS para Belém em 1981 para fazer a discussão com GREMPS, mas que na verdade não ganhou o grupo para o trotskismo, mas sim para o trotskismo da Convergência Socialista, um dos vários grupos trotskistas que existiam no Brasil neste intervalo de tempo.
            Com essa pesquisa foi possível verificar o dinamismo de idéias de transformação social que pairavam nas consciências das pessoas da cidade, bem como entender que essas idéias surgidas na capital paraense, há quase 30 anos, perpetuam-se. Idéias essas que não são comuns à maioria da população, mas que interage propondo uma saída diferente, neste caso, socialista para as crises, como essa que vivemos hoje, e também fazem parte da história de nossa cidade, porém que poucos conhecem.
            Buscamos com essa pesquisa adentrar em um território pouco explorado pela historiografia paraense, que são os agrupamentos políticos do final da Ditadura militar, algo que foge a mais comum pesquisa neste campo, que é a questão da Guerrilha do Araguaia. Fora esse tema, as organizações políticas ligadas às idéias socialistas, pouco ou nada foram estudadas pelos historiadores paraenses, poucos foram os trabalhos interessados com o Partido dos Trabalhadores e outras organizações, mas acreditamos que com essa pesquisa, que não se encerra com este texto, possamos avançar mais adiante e poder fazer uma história mais abrangente sobre essas tantas organizações que surgem nesse período, bem como compreender a sua importância para a transformação de nossa cidade de Belém. 

Bibliografia


ARCARY, Valério. As Esquinas Perigosas da História: Situações Revolucionárias em Perspectiva Marxista. São Paulo: Xamã, 2004.

COGGIOLA, Osvaldo. O Trotskismo no Brasil (1928 – 1964). In. Mazzeo, Antonio Carlos e LAGOA, Maria Izabel (Org). Corações Vermelhos: Os Comunistas Brasileiros no Século XX. São Paulo: Cortez, 2003.

COSTA, Hildete Braz da Silva. História Oral da Meia Passagem: A Experiência dos Militantes Estudantis da UFPA, 1975 – 2005. 58f. Monografia de Conclusão de Curso em História – UFPA.

CERDEIRO, Bernardo. A Participação da Convergência Socialista na Construção do PT e da CUT. Artigo encontrado no site: www.pstu.org.br

___________________. Breve História da Corrente Trotskista Morenista no Brasil. Artigo encontrado no site: www.pstu.org.br

___________________. Breve História da Corrente Trotskista Morenista no Brasil (1978 – 1979). Artigo encontrado no site: www.pstu.org.br

FARIAS, Marcos Moutta de. A Experiência do Movimento Convergência Socialista. In. Cadernos AEL: Trotskismo. Campinas: UNICAMP/IFCH/AEL, vol. 12, nº 22/23, 2005.

_______________________. Partido Socialista ou Partido dos Trabalhadores? Contribuição à História do Trotskismo no Brasil. A experiência do Movimento Convergência Socialista. Maringá: Revista Diálogos, DHI/PPH/UEM, vol. 9, nº 2, 2005.

FELIPPE, Wiliam (org). Teoria e Organização do Partido: Coletânea de textos de Lênin, Trotsky e Moreno. São Paulo: Sundermann, 2006. 

FERREIRA, Pedro Roberto. O Brasil dos Trotskistas (1930 – 1960). In. Cadernos AEL: Trotskismo. Campinas: UNICAMP/IFCH/AEL, vol. 12, nº 22/23, 2005.

GONH, Maria da Glória. Movimentos Sociais e Lutas pela Moradia. São Paulo: Edições Loyola, 1991.

HOBSBAWM, Eric. Era dos Extremos: O Breve século XX (1914 – 1991). São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

KAREPOVS, Dainis e LEAL, Murilo. Os Trotskismos no Brasil: 1966-2000. In. RIDENTI, Marcelo e REIS, Daniel Aarão (Org). História do Marxismo no Brasil. Campinas: Ed. da Unicamp, Vol. 6, 2007.

PERE, PETIT. A Esperança Equilibrista: A Trajetória do PT no Pará. Belém: Pakatatu, 1996.

TROTSKY, Leon. O Programa de Transição para a Revolução Socialista. São Paulo: Sundermann, 2006.

VOLDMAN, Danièle. Definições e Usos. In. FERREIRA, Marieta de Moraes e AMANDA, Janaína (Org). Usos e Abusos da História Oral. Rio de Janeiro: Ed. Fundação Getulio Vargas, 1998.

 

Fontes


Jornal:  Resistência (1980 – 1983):

1980 – Agosto nº 15; Setembro nº 16.
1981 – Janeiro nº 21; Fevereiro nº 22; Maio nº 25; Junho nº 26.
1982 – Maio nº 37; Setembro nº 40; Outubro nº 41; Novembro nº 43.
1983 – Março nº 51.

Jornal: Convergência Socialista

1981 – Junho nº 37; Setembro/Outubro S/N; Outubro nº 43; Novembro nº 47.

Jornal: Alicerce.

1983 – Fevereiro nº 8.

Entrevista:

Com Conceição Rodrigues de Meneses realizada em 05/01/2009 pelo autor.

Sites:

www.cpdoc.fgv.br

www.pstu.org.br

www.scielo.br




[1] Petit (1996), p. 83-86.
[2] Carta enviada por e-mail a este autor em 31/10/2008.  
[3] Ibdem.
[4] Jornal Resistência, setembro de 1980. entrevista feita com os três membro do GREMPS.
[5] Costa (2006), monografia.
[6] Pode-se verificar esse fenômeno em Petit (1996).
[7] Jornal Convergência Socialista, de 18/06/1981.
[8] Carta enviada por e-mail a este autor em 31/10/2008.
[9] Jornal Resistência, setembro de 1980.
[10] Ibdem, janeiro de 1981, p. 5.
[11] Concha em entrevista ao autor em 05/01/2009.
[12] Jornal Resistência, janeiro de 1981, p. 7.
[13] Jornal Convergência Socialista,
[14] Concha em entrevista ao autor em 05/01/2009.
[15] Ibdem.
[16] Ibdem.
[17] Ibdem.
[18] KAREPOVS, Dainis e LEAL, Murilo. Os trotskismos no Brasil: 1966-2000. In. RIDENTI, Marcelo e REIS, Daniel Aarão (Orgs). História do Marxismo no Brasil. Campinas: Ed. da Unicamp, 2007. p. 156.
[19] Petit (1996), p. 83-100.
[20] Jornal Resistência, Janeiro de 1981, p. 6.
[21] Petit (1996), p. 96-100.
[22] Concha em entrevista ao autor em 05/01/2009. Entretanto, em Petit, na página 249 é relato que Aldenor Junior era agente pastoral da paróquia de Santo Antônio do Coqueiro.  
[23] Ibdem
[24] Ibdem.
[25] Ver: KAREPOVS e LEAL (2007) e FARIAS, Marcos Moutta de. A Experiência do Movimento Convergência Socialista. In. Cadernos AEL: Trotskismo. Campinas: UNICAMP/IFCH/AEL, vol. 12, nº 22/23, 2005.
[26] Concha relata em sua entrevista que o jornal movimento teve quatro números em mimeógrafos, quatro impressos e depois passou para gráfica.
[27] Na entrevista é relatado que o GREMPS passa a essa concepção organizativa após a expulsão dos membros do MEP.
[28] O Centralismo Democrático surge como concepção de partido na polemica travada entre Martov e Lênin dentro do Partido Social Democrático Russo. Ela é defendida por Lênin como mecanismo de construção do partido frente a nova época de imperialismo. 
[29] FELIPPE, Wiliam (org). Teoria e Organização do Partido: Coletânea de textos de Lênin, Trotsky e Moreno. São Paulo: Sundermann, 2006. 
[30] Concha em entrevista ao autor em 05/01/2009.
[31] Ibdem.
[32] Ibdem.
[33] Ibdem.
[34] Ibdem.
[35] Jornal Resistência Nº 37 de maio de 1982, p 15, 16 e 18; Nº 40, p. 7; Nº 41, p. 8; Nº 43, p. 8 e Nº 51, p. 3.

Nenhum comentário:

Postar um comentário